domingo, 16 de novembro de 2008

CHARGE




Diz o "Dicionário Aurélio": "Charge: representação pictórica, ou seja, uma imagem produzida utilizando técnicas de fotografia, desenho, pintura, gravura, ou outras artes visuais. Tem caráter burlesco e caricatural, pois satiriza um fato específico, em geral de caráter político e que é do conhecimento público". E ainda: "Caricatura: desenho que, pelo traço, pela escolha dos detalhes, acentua ou revela certos aspectos caricatos de pessoa ou fato”.



Entendendo melhor... CHARGE é um estilo de
ilustração que tem por finalidade satirizar (criticar), por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas.
A palavra CHARGE é de origem
francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco (que desperta o riso). Muito utilizadas em críticas políticas no Brasil.
Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge não precisa ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor. A charge tem um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso a charge, como desenho crítico, é temida pelos poderosos. Não é à toa que quando se estabelece censura em algum país, a charge é o primeiro alvo dos censores.


domingo, 12 de outubro de 2008

RECEITA

As receitas são textos INSTRUCIONAIS, cuja função é regular ou indicar formas de agir. Eles descrevem etapas que devem ser seguidas.
Em nosso cotidiano, deparamo-nos constantemente com textos instrucionais, eles trazem orientações para a realização de uma determinada tarefa. Dentro desta categoria, encontramos desde as mais simples receitas culinárias até os complexos manuais de instrução para montar o motor de um avião. E ainda, regulamentos, estatutos, contratos, instruções de jogos etc.
RECEITA é um conjunto das instruções necessárias para preparar um determinado tipo de alimento. Com as receitas você poderá oferecer as delícias da boa culinária para todos os seus amigos.
As receitas são de vários tipos, como carnes, aves, peixes, saladas, pratos diversos, massas, lanches, sobremesas, salgadinhos e muito mais!
A culinária é a
arte de cozinhar, ou seja, confeccionar alimentos. Ela foi evoluindo ao longo da história dos povos para tornar-se parte da cultura de cada um. A culinária varia de região para região, não só os ingredientes, como também as técnicas culinárias e os próprios utensílios usados.
A
cozinha muitas vezes reflete outros aspectos da cultura, como por exemplo, o desenvolvimento industrial, que teve igualmente um grande impacto na forma como as pessoas se alimentam.
No início da história humana, os alimentos eram vegetais ou animais caçados para esse fim e consumidos crus; com a descoberta do fogo, os alimentos passam a ser também cozinhados.
Os tipos de ingredientes usados na alimentação humana dependem da sua disponibilidade do local, como por exemplo, as espécies de
animais existentes em cada região são determinantes na dieta alimentar da região.
O primeiro – e hoje ainda o principal –
utensílio culinário foi a mão. Com ela, os nossos antepassados colhiam ou caçavam os alimentos ou a bebida e os levavam à boca. E é com ela que podemos fazer deliciosas receitas.
No
Brasil, as comidas regionais são muito variadas de Estado para Estado, justamente por sua grande extensão e sua colonização, o que dá uma variedade enorme de ingredientes e sabores.

BRIGADEIRO
Ingredientes:
1/2 colher (sopa) de margarina -
1 gema de ovo - 1 lata de leite condensado - chocolate em pó (de acordo com o gosto) - chocolate granulado
Modo de preparo:
Em uma panela coloque todos os ingredientes e misture para que fique homogêneo. Leve ao fogo, sem para de mexer, por aproximadamente 10 minutos ou logo após, passado uns quatro minutos de fervura. Deixe esfriar. Quando frio, unte as mãos com um pouco de margarina e faça pequenas bolinhas. Passe-as no chocolate granulado.




sábado, 11 de outubro de 2008

ACRÓSTICOS



Os acrósticos são textos poéticos onde, usualmente, a primeira letra de cada frase ou verso forma uma palavra ou frase. Mas também podem ser usadas letras do meio ou do final de cada verso ou palavra. O vocábulo tem origem no grego Ákros (extremo) e stikhos (linha ou verso). Podem ser simples, com frases, nomes ou palavras que não tenham ligação entre si ou podem mesmo ser um poema completo.

Exemplo de um acróstico simples:

Magia
Amor
Encantamento

Exemplo usando a letra final:
DoM
AlmA
LevE

Já eram feitos na Antiguidade por escritores gregos e latinos e na Idade Média pelos monges. Hoje em dia podem ser encontrados em vários lugares, como jornais e revistas e também em sites de poesia na internet, com destaque para o Recanto das Letras onde é grande o número de poetas que trabalham com essa forma de poesia. Professores também o utilizam bastante a fim de ativar a criatividade dos seus alunos através de uma atividade lúdica, por que se torna um jogo muito interessante.
Eis aqui um belo exemplo de poema usado nessa situação:

Adivinha:
Com quatro patinhas, o rabo curtinho,
Orelhas compridas, peludo – é verdade –
E sempre a mexer o nariz quando come,
Louco por cenouras e alfaces, louquinho,
Há tanto no campo como na cidade.
O nome, não digo. Qual é o seu nome? (Leonel Neves – Bichos de trazer pra casa)


Uma de suas funções é ressaltar as qualidades ou os feitos de uma pessoa, sejam essas qualidades boas ou más. Outra mostra o gosto pelo segredo, quando você não ressalta as letras iniciais de cada verso e então, muitas vezes o acróstico nem é percebido como acróstico, como no poema abaixo de Ophélia Queirós.

Descubra a quem é dedicado:
Fazia bem em me dizer
e grata lhe ficaria
razão porque em verso me dizia
não ser o bom-bom para si
a não ser que na pastelaria
não lho queiram fornecer.
d´outro motivo não vi
ir tal levá-lo a crer.
Não sei mesmo o que pensar.
Ha fastio para o comer?
Ou não tem massa p´ro comprar?
Peço porem que me desculpe
este incorreto poema
seja bom e não me culpe
sou estúpida e tenho pena:
o Sr. é muito amável
aturando esta ...pequena.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

DÊ SUA OPINIÃO...

Como trabalhar os gêneros textuais em sala de aula, propiciando um ambiente discursivo????

domingo, 5 de outubro de 2008

“Apenas alfabetizar a população, dar-lhe acesso ao código
sem dar-lhe acesso ao mundo da escrita está longe de representar
uma possibilidade de fazer de um indivíduo um cidadão.”

Foucambert

Projeto de trabalho INTERDISCIPLINAR

Relato minha experiência:

“Os gêneros textuais num ambiente discursivo”

INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo altamente mediado onde a diversidade de modos comunicativos (linguagem, imagens, sons, música, texturas e gestos) é parte de nossas práticas diárias. A linguagem é somente um desses modos comunicativos. Com os novos avanços tecnológicos, novos gêneros discursivos surgem quase diariamente.
Construir conhecimentos, compreender a leitura e produzir textos, requer o desenvolvimento das habilidades e a construção da sua competência na comunicação.
A comunicação é uma questão importante que se apresenta como ponto decisivo de sobrevivência. Entende-se que é indispensável conhecer as idéias, desejos, projetos e sentimentos das outras pessoas para impor e transmitir a habilidade e capacidade crítica sobre as informações que nos chegam diariamente. Para tanto, precisa-se ter uma base sólida, crítica e um amplo conhecimento da linguagem dentro dos diversos contextos sociais.

DESENVOLVIMENTO
Para os PCNs, o texto e a noção de gênero textual, constitutiva do texto, precisa ser tomada como objeto de ensino em nossas escolas. Visando a diversidade de textos que ocorrem nos ambientes discursivos de nossa sociedade e que a cada dia amplia-se de acordo com os avanços culturais e tecnológicos, percebe-se necessário que a escola propicie aos alunos um “Ambiente Discursivo” escolar, acadêmico, jurídico, religioso, político, etc. É necessário que a escola assuma uma nova dinâmica para formar sujeitos ativos, participativos, reflexivos, que possam atuar como transformadores da ordem vigente, capazes de refletir sobre si e sobre o outro, sobre o dado e sobre o novo, de forma a estabelecer e contextualizar o seu espaço.
É importante o aluno perceber a importância de se conhecer a maior quantidade possível de gêneros textuais e dos tipos de textos existentes. Esse contato irá proporcionar reflexões, discussões, aprendizados e uma utilização mais ativa e adequada do mundo da escrita, não só no contexto escolar, mas em todos os contextos sócio-histórico-culturais.
Partindo desses novos conhecimentos, é possível intensificarmos o desenvolvimento da leitura discursiva e da escrita correta, pois associar à noção de gêneros textuais e de diferentes tipos de discursos ao trabalho com produção de textos pode contribuir para desenvolver nos alunos o que chamamos de competência discursiva; ou seja, uma capacidade de interagir verbalmente, demonstrar o entendimento dos conceitos adquiridos e ainda associar aos conceitos da sociedade em que está inserido. O significado de letramento deve incorporar não somente habilidades e competências referentes a aspectos lingüísticos, mas também significações variadas, aliadas às novas tecnologias da informação e comunicação.
Para dar início a esse desenvolvimento e essa construção, nossa proposta é desenvolver um trabalho com os gêneros textuais. Nesse trabalho o aprendizado da linguagem humana será visto como desenvolvimento da competência no uso de um número crescente de gêneros textuais.
É preciso conhecer os vários tipos de gêneros textuais, mas iniciaremos o trabalho com uma pesquisa. Inicialmente com a pesquisa de alguns desses textos que será ampliada no decorrer do desenvolvimento do trabalho.
É importante ainda fazer-se uma distinção entre gêneros textuais e tipos textuais.
O primeiro é usado para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza lingüística de sua composição, ou seja, aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas. Cada tipo textual possui pistas lingüístico-discursivas características e as seqüências lingüísticas são norteadoras.
Já a expressão gênero textual refere-se a textos materializados, encontrados em nossa vida diária e que representam características sócio-comunicativas definidas por seus conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição próprios.
Enquanto os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros, devido à enorme diversidade das atividades enunciativo-discursivas das esferas sociais, ou seja, domínios discursivos. Esses domínios não são textos nem discursos, mas propiciam o surgimento de discursos bem específicos. Assim, falamos em discurso religioso, discurso jurídico, discurso jornalístico. As atividades sociais é que dão origem a vários deles, constituindo práticas discursivas dentro das quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais. Os domínios discursivos são as grandes esferas da atividade humana em que os textos circulam.
Para aprender a escrever um gênero determinado de texto é necessário que os alunos sejam postos em contato com um corpus textual desse mesmo gênero, que lhes sirva de referência em situações de comunicação bem definidas e reais.
É função do professor, fornecer ao aluno condições adequadas de elaboração, permitindo-lhe empenhar-se na realização consciente de um trabalho lingüístico que realmente tenha sentido, e isso só é conseguido à medida que a proposição de produção textual seja bem clara e definida, apresentando-se as “coordenadas” do contexto de produção. É necessário que o aprendiz possa sentir que realmente está produzindo para um leitor (que não deve ser apenas o professor), eliminando a exclusividade das situações artificiais de produção textual tão presentes no cotidiano da escola.

OBJETIVOS:

* Promover a construção de conhecimentos voltados para a formação de um indivíduo capaz de estabelecer relações de interação e de transformação com a comunidade em que vive.

* Trabalhar a diversidade de textos em situações concretas e reais de comunicação.

* Permitir aos alunos a aquisição, transmissão e recriação de formas de conhecimento, estabelecendo relações sociais, construindo e se defrontando com diversidade cultural do mundo em que vive.

* Contribuir para o desenvolvimento de uma consciência mais apurada dos alunos, sobre o papel da linguagem na sociedade e sobre a importância da formação de leitores e escritores críticos.

* Permitir e mediar para que o aluno perceba que, além da organização textual, é necessário também que ele reflita sobre os conteúdos propostos, argumentando com seu próprio conhecimento e experiência de vida.

* Saber a função dos gêneros textuais, identificá-los no cotidiano e argumentar a partir deles ampliando o universo da produção escrita.

* Promover reflexões e discussões sobre o processo ensino-aprendizagem através dos gêneros textuais trabalhados.


ATIVIDADES SUGERIDAS:

Montagem uma CAIXA LITERÁRIA – cada aluno terá a sua caixa.
Gêneros pesquisados: Uma CARTA ou BILHETE, uma MÚSICA, uma POESIA, um ACRÓSTICO, uma RECEITA, uma BULA DE REMÉDIO, uma CHARGE, uma REPORTAGEM, um FOLDER, um EDITAL DE CONCURSOS e um CONTO.
Como montar a CAIXA LITERÁRIA:


# Uma pesquisa dos textos citados;
# Cada texto encontrado deverá ser colocado em uma sacola transparente, pregando com durex sobre a sacola o nome do texto que será guardado;
# Arranje uma caixa de camisa, encape, identifique-a com nome e coloque as sacolas com os textos dentro.


Trabalharemos com a caixa durante todo ano, sempre atualizando novos gêneros e novos textos.
Atividades práticas de leitura dos gêneros discursivos, iniciando com reportagem, carta, bilhete, música, poesia, acróstico, receita, bula de remédio, charge, folder, edital de concursos e contos, visando o trabalho pedagógico para a formação de um leitor mais proficiente e crítico.
A leitura e a análise dos textos em sala de aula abordarão os seguintes aspectos: circulação, domínio discursivo e gênero textual (conteúdo temático, estrutura composicional e estilo). Durante o estudo e a análise de cada gênero, o professor faz com que o aluno perceba a função de recursos lingüístico-discursivos que traduzem as intenções do autor e situam o texto em determinado tipo: relato, narração, descrição e outros tipos textuais possíveis de serem criados.
Antes de se fazer a proposta concreta de produção de texto, colocar o aluno em contato com o corpo textual de cada gênero a ser solicitado, o qual lhe servirá de referência. Após o estudo detalhado de cada gênero, fazer as propostas de produção de texto.Pensar um intervalo entre uma proposta e outra, a fim que todas as etapas do processo de produção sejam cumpridas, ou seja, garantir o desenvolvimento de todas as atividades mentais de planejamento, execução e revisão necessárias à produção de um texto.